“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia. Depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejou, pedindo ao pai: Me ajuda a olhar! “(GALEANO, 2006).
A educação ambiental é constituída por um processo educativo buscando não apenas compreender ou transformar conhecimentos, mas sim superar a visão fragmentada da realidade através da construção e reconstrução do conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo dialógico. Dentro deste contexto emerge a citação de Galeano, relatando a surpresa do menino que precisa de ajuda para olhar a magnitude do mar. Esta citação traz uma metáfora útil para a crise ambiental, a necessidade de auxílio para ver a magnitude da natureza e buscar novos olhares e saberes para perceber e agir de acordo com as necessidades socioambientais. (Alberto Bracagioli, palestrante do Forum Social Mundial)
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